O valor do seguro de um veículo é calculado com base em uma combinação de fatores, que mesclam o perfil do motorista e experiências da seguradora naquela região. O preço é calculado proporcionalmente ao risco ao qual aquele veículo está exposto e, consequentemente, de aquela pessoa precisar do auxílio do seguro.
O fator de risco é determinado com base em uma comparação mensal de dados de atendimentos a outros clientes. Quando uma seguradora é nova, ou muito pequena, ela pode procurar dados estatísticos de mercado, comprar informações de outra empresa ou optar por oferecer promoções com preços bastante atrativos para formar sua própria carteira de dados e clientes.
Caso o motorista omita alguma informação e precise acionar o seguro, dependendo da gravidade do que foi omitido, a empresa pode recusar o pagamento. Qualquer mudança no perfil deve ser informada para a seguradora, pois pode, inclusive, reduzir o valor.
Confira abaixo dez motivos que deixam o seguro do carro mais barato ou mais caro.
1 – Idade
Quanto mais jovem o motorista, mais alto fica o preço. A idade considerada mais “arriscada” é entre 18 e 22 anos, quando geralmente o jovem acabou de tirar a carteira de habilitação. A partir de 25 ou 30 anos, a tendência é baixar o preço, considerando que o motorista adquiriu experiência ao longo do tempo. Além disso, após o segundo ano de contrato, se o histórico de comportamento do motorista na seguradora for positivo, isso pode beneficiá-lo. A medida que isso vai se consolidando e o seguro não é utilizado, o cliente vai ganhando bônus.
2 – Estado Civil
Não é padrão, mas algumas seguradoras tendem a deixar o valor do seguro mais baixo para pessoas casadas. Pode impactar positivamente se for casado porque tem um grau de responsabilidade nisso, já os solteiros (principalmente os jovens) são mais ligados a noites de festas, ficando expostos a mais riscos.
3 – Gênero
Historicamente as mulheres pagavam menos por serem consideradas boas motoristas e terem menos estatísticas de acidentes. Porém, isso está mudando. Em várias capitais do Brasil começou a ter uma outra característica e houve um aumento do preço do seguro da mulher. Na sua maioria, o gênero feminino ainda paga menos que o masculino, mas a tendência é uma igualdade na precificação. Em São Paulo ainda não teve, e é a maior carteira (de clientes) do Brasil, mas no Rio de Janeiro já despontou a igualdade de precificação.
4 – Local onde vive
Locais considerados mais perigosos, com índices de assalto maiores, por exemplo, serão mais caros. Esses dados são baseados, geralmente, na quantidade de vezes em que o seguro foi acionado em determinada região. Mensalmente, a seguradora recolhe essas informações e traça novos perfis de risco de acordo com a frequência de uso do seguro por região. Segundo a consultora, o Rio de Janeiro é um exemplo que costuma ter aumento mensal nos preços por esse motivo. Já São Paulo divide a periculosidade por bairros.
5 – Membros da família
A quantidade de pessoas na família não afeta o valor do seguro diretamente, mas, caso a seguradora entenda que existe a possibilidade de alguém pegar emprestado o carro de vez em quando, mesmo não sendo condutor adicional, será avaliado o perfil dessa pessoa. No caso de jovens entre 18 e 25 anos na família, esse seguro poderá ficar mais caro. Outra possibilidade é adicionar um condutor, o que custa mais, se de fato ele seja alguém que costume utilizar o carro, aumentando a chance de precisar acionar o seguro.
6 – Trabalho do Motorista
O cargo do motorista só é importante se ele utiliza o veículo para o trabalho, dependendo de sua frequência de uso. “Por exemplo, um representante comercial, um médico que visite vários hospitais, ou autônomo que visite construções. Essas pessoas estão mais tempo na rua e, por isso, aumentam suas chances de acionar o seguro. Já para motoristas de aplicativos, como o Uber, a questão avaliada é o transporte de passageiros.
7 – Transporte de Passageiro
Algumas seguradoras consideram o uso do carro por um motorista de aplicativos, como o Uber, de forma diferente, pois, além de não ser apenas uso pessoal, existe um outro risco: o passageiro. É outro risco, outra frequência de uso. Tem envolvimento do passageiro. Não é um seguro tradicional como se estivesse fazendo para uso pessoal. É um uso para o trabalho, para transportar. E se o motorista só usa o Uber para fazer um “bico” por meio período ou aos fins de semana, não importa. Ficará mais caro. Como a seguradora conseguiria acompanhar se ele só faz isso na sexta ou todos os dias? O que é levado em conta é quão exposto ao risco ele vai estar.
8 – Histórico de infrações
Bons motoristas com a carteira de habilitação livre de infrações podem até ganhar um bônus, mas não é comum. Algumas seguradoras consideram o histórico de infrações para dar um desconto.
9 – Onde o carro será estacionado
Não é apenas em casa que importa saber onde o carro ficará estacionado, mas também nos locais que a pessoa mais frequenta, como o trabalho. Quanto mais exposto a riscos, maior será o preço. Ou seja, um seguro de um carro que fica na garagem será mais barato do que de um carro estacionado na rua. Também ajudam outros sinais de segurança: portões eletrônicos, prédios, portarias, alarmes…
10 – Modelo do carro
Se o modelo do carro vai lhe custar mais caro, vai depender mais uma vez do histórico que a seguradora possui sobre quais eram os veículos dos motoristas que precisaram utilizar o seguro. A seguradora registra todas as vezes em que um seguro é acionado e ranqueia o modelo dos carros dos clientes que mais sofreram perdas naquele mês. Isso monta um banco de dados dos veículos que possuem um perfil de maior risco e dos mais visados por criminosos especificamente daquela região.
Fonte: BOL Notícias
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