Essa situação não é difícil de acontecer. Você entra em seu carro, gira a chave, o motor de arranque entra em ação e… nada. Antes de acabar com a carga da bateria, o melhor a fazer é procurar ajuda profissional, porque certamente tem algo errado com o sistema de ignição, com grandes chances de o problema estar no conjunto de velas.

O sistema de ignição reúne bateria, bobina, cabos de velas e as velas. E se apenas uma delas não funcionar direito, o motor já começa a dar sinais de problema. Com um pouco de atenção, você mesmo percebe: alteração na marcha lenta, falhas nas respostas quando precisa retomar velocidade, além do inevitável aumento do consumo de combustível.

A vela é muito importante porque é a responsável por conduzir a corrente elétrica até a câmara de combustão; ou seja, é a vela que produz a centelha – ou faísca elétrica – que vai provocar a combustão dentro da câmara para movimentar os cilindros e assim colocar o motor em funcionamento.

O problema é que algumas vezes os sinais de falha com as velas podem ser sutis, um pouco difíceis de perceber para quem não tem muita intimidade ou interesse pelo funcionamento do motor. É aí que mora o perigo, pois ao seguir utilizando o carro assim, outros componentes começam a ser prejudicados, o que pode aumentar bem a conta da revisão.

Um dos primeiros componentes a sofrer com o sistema de ignição falhando é o catalisador, já que ele passa a receber a sobra de combustível não queimado corretamente na câmara de combustão. Depois de um tempo, a colmeia cerâmica responsável pela conversão dos gases – que trabalha em alta temperatura – acaba derretendo ao entrar em contato com o combustível. E quando isso acontece, a única solução é a troca por um novo.

Atenção para o uso severo do carro

Para evitar esse tipo de dano e não passar aperto, o primeiro passo é conferir as instruções do fabricante sobre o período de troca do conjunto de velas. Mas tem um detalhe importante e que nem sempre lembramos: é preciso saber se o carro é mais utilizado na condição normal ou na severa.

Lembre que o uso frequente do automóvel no trânsito intenso, naquele anda e para constante, é considerado uma situação severa. Nesse caso, como é de se imaginar, a vida útil das velas diminui; trocando em miúdos, aquela previsão padrão definida pelo fabricante não deve ser considerada nesse tipo de situação e a manutenção precisa ser antecipada.

Não esqueça dos cabos de velas

No momento de fazer a troca, tem mais um cuidado essencial, que é checar a situação dos cabos de velas, itens também fundamentais para um processo de ignição perfeito, afinal, a corrente elétrica passa por eles antes de chegar às velas. Apesar de todas funcionarem da mesma maneira, há diferentes tipos disponíveis no mercado.

Para não ficar em dúvida, mais uma vez, é o manual do carro quem vai ajudá-lo a escolher o produto certo. Só tome o cuidado de executar esse trabalho com um profissional; apesar de aparentemente simples, a operação de substituição de velas envolve contato com corrente elétrica, por exemplo, o que pode causar acidentes.

O segredo é ficar atento à agenda de revisão do sistema de ignição e às possíveis falhas nas respostas do motor. Um pequeno cuidado que vai garantir bom desempenho para o carro e economia para o seu bolso.

Fonte: Uol Carros

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